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Autora e organizadora

Amanda Santos é empreendedora social focada em produção eficiente e humanizada na indústria e comércio têxtil, periférica, mãe de gêmeas, CEO da Ideia Crua, idealizadora e educadora nos projetos sociais Guilda: responsável por capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade social para costura industrial, e o Projeto Na Função: que insere menores infratores, vindos da Fundação Casa, através de trabalho remunerado e cursos pagos na área de estamparia e confecção. Graduada em Gestão de Processos pelo SENAC.

Começou a realizar pesquisas a respeito de reciclagem têxtil, inicialmente, para resolver o problema interno da sua confecção, após anos de estudo e tentativas para criar pontes com empresas parceiras de reciclagem, conseguiu viabilizar a destinação correta de 93% do resíduo têxtil da Ideia Crua.

Atualmente dedica-se também a Retece, nascido de um projeto da faculdade, onde se comprometeu em buscar soluções para a destinação ambientalmente correta de resíduos têxteis para as micro e pequenas empresas. Não encontrando conteúdos adaptados a essa realidade, decidiu usar da sua experiência e realizar pesquisas através de entrevistas online para o desenvolvimento do Primeiro Guia prático na Gestão de Resíduos Têxteis – Para pequenas empresas.

Participações

Co-autora: Monayna Pinheiro é professora universitária, pesquisadora e consultora na área de moda & sustentabilidade. Designer e fundadora da Nós mais eu Mentora na empresa Re.tecendo
Co-autora: Julia Codogno é comunicadora para moda e sustentabilidade. Desenvolve seu trabalho por meio de mentorias, palestras e conteúdos educativos. É criadora de um Guia digital que reuniu mais de 200 marcas de impacto positivo, co-criadora do Guia de Fornecedores Mais Sustentáveis – junto à iniciativa Re.tecendo, colunista no Fashion Revolution Brasil e consultora parceira na Cora Design.
Co-autora: Isabela Bonatto é Bióloga, MBA em Gestão Ambiental, Mestre e Doutora em Engenharia Ambiental. Atua como consultora especialista em resíduos sólidos urbanos e economia circular, com experiência no setor de embalagens, sustentabilidade corporativa e pesquisa. Mora no Quênia desde 2021, ampliando seus esforços e conhecimentos em projetos socioambientais.
Co-autora: Ana Scalea possui mais de 25 anos de experiência no setor têxtil, desenvolve seu trabalho por meio de cursos, palestras e consultoria. Criadora da Oficina de Tecidos, onde já formou mais de 550 alunos, do Guia de Manutenção de Roupas e co-criadora do Guia de Fornecedores de Moda Mais Sustentáveis junto à iniciativa Retecendo.

Do Projeto

Pra quem é nosso e-book?
Para micro, pequenas e médias empresas de moda que precisam de ajuda para efetivação da destinação correta de resíduos têxteis. Com esse recorte, somos o primeiro guia do Brasil que adapta informações burocráticas, legislativas, para comunicar de maneira simplificada e estimulando a autonomia.

Um pouco mais da história:
A motivação que deu origem a este guia, em sua melhor intenção, é uma indicação e proposta de solução da defasagem comunicativa com as micro e pequenas empresas que No Brasil representam 96,8% das unidades fabris, sendo este o perfil majoritário das confecções. Ademais, o segmento de confecção concentra aproximadamente 75% da mão de obra de todo o setor no país, com a grande maioria dessa mão de obra sendo feminina, que ocupa 73% do total de trabalhadores do ramo (Abit, 2017), mesmo com toda essa relevância ainda não pratica soluções no fim do ciclo de vida dos produtos que possibilitem incorporar atores importantes como as pequenas empresas.

A partir de pesquisa própria com empresas de Reciclagem e Varejistas de micro e pequeno porte no setor de moda, foi possível perceber que o início da evolução para efetivação do processo de destinação correta e reciclagem têxtil, dependerá inicialmente de adaptações na parte comunicativa, onde este manual terá seu papel principal adequando a comunicação de entidades, normas e legislações à realidade de micro e pequenas empresas.

Se dentro de acordos mundiais temos o reconhecimento da necessidade de adaptação da legislação ambiental, como a emissão de carbono, diferenciada para países desenvolvidos e subdesenvolvidos. E na perspectiva nacional, nossa legislação reconhece a partir do princípio da isonomia que equilibra normas e procedimentos jurídicos, garantindo que a lei seja aplicada de forma igualitária, levando em consideração suas desigualdades. As micro e pequenas empresas vêm sendo negligenciadas e desamparadas, o que ocasiona a agravação da situação socioambiental no nicho têxtil, não por falta de interesse das pequenas empresas em efetivar a sua parte da responsabilidade, mas sim por ter um mercado que não consegue transpor a barreira da comunicação acessível.

Reconhecemos a importância de métodos de captação de dados formalizados dentro do modelo vigente de sociedade que temos hoje, porém que necessitam ser adaptados, para que a sustentabilidade seja viável em todos os modelos e estágios de empreendimentos existentes no Brasil.

O lançamento do Guia terá benefícios não apenas em curto, mas em longo prazo, auxiliando na geração de dados importantes para estudos e pesquisas na temática, que carecem ser incentivadas. Viabilizando além de regulamentações e diminuição da informalidade, melhores práticas produtivas, e transparência como um pilar fundamental a ser normatizado da perspectiva mercadológica associada à sustentabilidade.

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